Pouso
meus dedos no nada
A
folha branca pairada
As
palavras presas na garganta
Seca...
Sedenta
Cospem
versos que nada falam
Ouço
o cantar de um pássaro
Latidos
de cães, barulhos de carros
O
tique e taque do ponteiro
Machuca
por dentro
Me
rouba o resto de paz!
O
poema esquecido
Dormita
tranquilo
Espera
seu tempo, alguém lê-lo
Devora-lo
com amor
Zelo.
As
palavras que foram escritas
Pelas
pontas dos dedos!
Aninha
12/12/11
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