Sozinha
na casa
Conto
passos
meus
atos
Na
mesa envelopes que não abri!
Leio
poemas
Arrumo
desarrumo
Tenho
livros, discos e coisas
Tenho
saudade
E
um coração calado.
Pelo
tempo
Noite
a dentro
Dia
claro!
Na
casa as horas passam lentas
A
chaleira apita barulhenta
Me
tira o sonho
Um
chá de menta
Um
café amargo!
Corto
o dedo nas latas...
Me
tinjo de vermelho
De
filme preto e branco
Um
docê veneno
N
a casa os dias passam lentos
Os
espelhos se mostram densos
Um
rosto que não reconheço
Me
encosto em cada canto
Sou
de pranto
Lágrima
de poço!
Num
cotidiano morno
Me
entrego
A
casa
Ela
me abraça!
Aninha 10/12/11